Os livros manuscritos são, sem dúvida, elementos identificadores das culturas da bacia do Mediterrâneo e parte relevante de uma herança cultural conjunta Oriente-Ocidente.
A invenção do códice pergamináceo constitui um dos fenómenos mais importantes da nossa civilização e marcou um dos seus períodos mais significativos, em termos de construção de identidade, a Idade Média.
O seu desenvolvimento mais significativo registou-se, precisamente, durante aquele período, que poderíamos balizar, sensivelmente, entre dois acontecimentos destaca-dos na história do livro, duas inovações técnicas: a substituição, gradual, do rolo pelo códice, por volta dos séculos III-IV, e a invenção da imprensa, em meados do século XV.
Veículos de transmissão do saber, os manuscritos medievais conjugam de forma notável texto e imagem; a iluminura revela-se, então, uma das formas de expressão artística mais criativa do mundo medieval, tornando os códices iluminados em objetos culturais e artísticos da maior importância.

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